per omnia secula seculorum…..
Tribunal dos tempos não existe. Outros tempos, outros cuidades
As cinzas e sua origem no Antigo Testamento
O principal dia da ressaca do carnavalesco, moral e fisicamente, é também a quarta-feira de Cinzas. O uso litúrgico das cinzas tem sua origem no Antigo Testamento. As cinzas simbolizam dor, morte e penitência. É o símbolo de arrependimento. É também o início da Quaresma, Período em que os católicos relembram os 40 dias de Jesus Cristo no deserto num período de privação, penitência e meditação. A quaresma termina, 40 dias depois, no sábado de Aleluia. Não faz muito tempo, era época, realmente, de recolhimento. De reflexão, de meditação. Assim como Carnaval perdeu a razão de ser, pois o que se via apenas nos três dias de folia, atualmente acontece o ano todo, a Quaresma, para muitos, não passa de um espaço entre um feriado e outro.
O Carnaval e a exploração sexual de menores
Estamos em pleno Carnaval e a folia do combate à exploração sexual de crianças, ao que parece, vestiu a fantasia da hipocrisia. Deixou em seu lugar o enredo de outros escândalos, no cortejo sem fim da bateria da desordem brasileira. Principalmente nesta época de muito folguedo e pouca vergonha, a exploração sexual de menores se torna uma das principais atrações turísticas, sobretudo para gringos de várias línguas, que aqui desabafam seus recalques. Colabora para isto o próprio País, pela imagem que se deixa mostrar: um paraíso erótico, para exóticas aventuras sexuais. As autoridades federais estão ocupadas, distribuindo preservativos e seringas para viciados. O combate à exploração sexual fica para outros períodos, quando faltar escândalo ou notícias para animar o batuque das vaidades.
ECA! ECA!
O Brasil todo clama por mudanças em nossos benevolentes códigos, verdadeiros manuais da delinqüência, alvarás de licença para matar, roubar, estuprar, violentar e cometer todo o tipo de atrocidade, pelos chamados menores de idade. Menores que podem votar, freqüentar bares e boates, fumar, beber e aprontar, sempre livres e perdoados. Mas, mais compromissados com a opinião estrangeira, que tem interesse em ver o Brasil pegar fogo e se transformar de vez na casa da mãe Joana, autoridades ditas competentes continuam agindo contra a opinião pública e em desvairada carreira na contra-mão da história. Agora, é o presidente da República que prefere ver a população refém de pequenos grandes marginais, a tomar as providências necessárias. Em entrevista à TV Bandeirantes, que irá ao ar no próximo domingo, Lula deixa claro que é contrário à mudança. Para ele, reduzir a maioridade penal não resolve o problema da violência. Só não conta porque sabe disso, se nunca houve por aqui. Não leva em consideração as pesquisas de opinião que apontam para o fim da impunidade. Pesquisa, pelo jeito, só serve se a favor e em período eleitoral.
COMENTÁRIO – 021004
Começou a coleta de assinaturas entre os eleitores brasileiros, para a apresentação de emenda popular ao Congresso. Visa mudar a nossa benevolente lei, que permite a prática de atrocidades por menores sem que haja punição. São crimes bárbaros e castigos brandos para menores assassinos, assaltantes, ladrões, estupradores que cometem as maiores barbáries, certos de que não serão punidos. A população clama por mudança rápida e até setores religiosas engrossam o coro. Mas, muitas autoridades e instituições, comprometidas com entidades e governos estrangeiros, teimam em nadar contra a correnteza. Há muito dinheiro em jogo, sendo descartada, inclusive, a convocação de plebiscito, mesmo porque, admitem, a redução do limite de maioridade para 16 anos ganharia fácil, fácil. Pesquisas revelam que a imensa maioria dos brasileiros quer mudança, mas, pelo visto e revisto, pesquisa só serve mesmo se a favor e em período eleitoral.
As autoridades federais, a começar pela maior delas, não têm direito algum em se espantarem, e nem se indignarem, com a violência enfrentada no dia-a-dia da população. A maioria dos atuais mandatários criou as benevolentes leis que favorecem a bandidagem, tudo com o esplendor dos direitos humanos, que aqui só atendem a assassinos, seqüestradores, delinqüentes… a escória moral da humanidade. Espanto e palavras de efeitos não resolvem. O que se precisa é de ação. Que parem tudo e se concentrem na solução imediata do problema da criminalidade. Com a mesma vontade e rapidez, coragem e decisão, que os “humanitários” do poder seqüestraram as aposentadorias de milhares de velhinhos e velhinhas, de 90 anos de idade, como acabam de fazer.